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  • Dr. César Castellan

CORONAVÍRUS: QUAIS OS CUIDADOS PARA QUEM TEM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS?

Atualizado: 21 de set. de 2020

O Coronavírus é um dos assuntos mais abordados nos últimos meses. Com o primeiro caso confirmado ainda em 2019, na China, trata-se do vírus causador da maior pandemia do mundo moderno, responsável por milhares de mortes e levando os governos a tomarem medidas contundentes para contê-lo.



Por ser um vírus que passou a infectar humanos recentemente, toda a população está suscetível à sua infecção. A preocupação maior em relação a ele, porém, não diz respeito à quantidade de pessoas que podem contraí-la, mas sim pelo fato de deixar as pessoas doentes por muito tempo e apresentar uma taxa considerável de mortalidade, principalmente em pacientes do grupo de risco, que são:

  • Pessoas acima de 60 anos;

  • Cardiopatas;

  • Pneumopatas;

  • Imunossuprimidos;

  • Doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

  • Obesos

O QUE É O NOVO CORONAVÍRUS

Trata-se de um vírus causador de infecções respiratórias que pode acometer indivíduos de qualquer idade e em diferentes intensidades. No nosso meio existem 4 cepas de Coronavírus já conhecidos e que causam doenças respiratórias leves, principalmente em crianças, chamadas coronaviroses. Também já se sabe há muito tempo que causam doenças em outros animais, como frangos, gatos e cachorros. 

Porém esta nova espécie de Coronavírus, o SARS-CoV-2, nunca havia infectado humanos antes, portanto não temos imunidade nem vacina para ele. A hipótese principal sobre o que levou o vírus a começar a afetar humanos deve-se a alimentação peculiar dos chineses.

A COVID-19 (do inglês COronaVIrus Disease, 2019), doença causada pela espécie SARS-CoV-2 de Coronavírus, se manifesta de forma variada, desde um quadro semelhante à gripe ou resfriado comum até uma síndrome viral grave com insuficiência respiratória. Em crianças, por exemplo, os sintomas costumam ser mais leves.


Alguns pacientes são assintomáticos, enquanto outros podem apresentar também:

  • Dores no corpo

  • Congestão nasal

  • Tosse seca

  • Anosmia (perda do olfato)

  • Diseugia (perda do paladar)

  • Diarreia

  • Cansaço

Nos quadros mais graves da COVID-19, os sintomas vão se tornando mais intensos, destacando-se:

  • Febre alta persistente

  • Falta de ar progressiva


COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA?

O diagnóstico da fase ativa da doença que detecta a presença do virus no corpo é realizado através do exame PCR (polyrase chain reaction). È o teste mais específico e considerado o padrão ouro. O exame é realizado coletando material diretamente do nariz e garganta (swab). O melhor momento de fazer o exame é entre o terceiro e décimo dia a partir do início dos sintomas.

PORQUE PACIENTES COM PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS PRECISAM TOMAR MAIS CUIDADOS?

Pacientes com doenças respiratórias não têm mais chances de contrair a doença, diferentemente do que se imagina. O que ocorre é que eles têm maior probabilidade de apresentar sintomas mais críticos visto que o vírus afeta com maior intensidade o pulmão.

Isso significa que a gravidade da doença tende a ser maior para esses indivíduos e, geralmente, necessitam de internação e cuidados específicos.

É POSSÍVEL PREVINIR A DOENÇA?

A única forma de prevenir o Coronavírus é evitar que o vírus se propague de uma pessoa para outra. Até o momento da postagem deste artigo não haviam evidências científicas que validassem alguma medicação para uso preventivo. Existe, portanto, duas formas principais de prevenção:

1. INDIVIDUAL:

É realizado quando a pessoa apresenta os sintomas e precisa se isolar para proteger as demais. Ou seja, os cuidados são individuais, mas pensando no bem geral. Neste caso, as principais orientações são:

  • Utilizar máscara cirúrgica;

  • Tossir ou espirrar utilizando o cotovelo;

  • Não ter contatos físicos.

É importante destacar que, ao espirrar, são espalhadas gotículas com o vírus, que ficam no ar por cerca de 2 a 3 horas. Passado esse período, elas caem, se fixando em superfícies.

Logo, quem frequenta ambientes com presença de portadores da doença, precisa redobrar a atenção. Afinal, pode acabar sendo contaminado ao tocar em qualquer objeto e, após, na sua mucosa, principalmente olhos, boca ou nariz.

Por isso é importante lavar bem as mãos com água e sabão e, caso esteja na rua, utilizar álcool em gel.

2. POPULACIONAL:

Consiste no isolamento social, ou seja, em permanecer em casa, evitando ambientes públicos, fechados e movimentados. 

Essa ação tem como objetivo evitar que os mais suscetíveis sejam afetados e não possam receber o tratamento adequado. 

Além disso, evita que o sistema de saúde entre em colapso, devido ao grande número de atendimentos e internações que seriam necessários, de forma simultânea, caso houvesse manifestação de forma descontrolada.

Sem falar que existem outros pacientes que buscam os hospitais devido a outros problemas sérios e não podem ser prejudicados devido a pandemia.

O CORONAVÍRUS POSSUI TRATAMENTO?

Assim como várias outras viroses, o Coronavírus não possui ainda uma medicação específica que combata a doença. Logo, o tratamento consiste em oferecer suporte ao órgão afetado, que geralmente é o pulmão, para que ele se mantenha em funcionamento.

Caso o paciente sofra queda de oxigenação, o tratamento terá por finalidade repor o oxigênio até que o quadro melhore. Se isso não for suficiente, ele pode ser encaminhado para a intubação, onde a pessoa utiliza um respirador – que ajudará nas funções pulmonares até que o organismo se recupere.

É importante destacar que estão sendo realizadas diversas pesquisas tanto para oferecer tratamento imediato, através de medicamentos, quando preventivo, mediante vacina. Nenhuma delas, porém, apresenta comprovação científica de eficácia e segurança até o momento. Mais recentemente algumas medicações como a hidroxicloroquina e a ivermectina estão sendo usadas “off label” (ainda sem evidências, aguardando os resultados de estudos clínicos randomizados) em situações específicas, a criterio médico.

Portanto, evite utilizar qualquer medicamento que não tenha comprovação científica, pois ela pode não ajudar e ainda trazer algum risco adicional a saúde. Isso significa que o melhor tratamento até o momento é a prevenção mediante o isolamento social e a realização de todos os cuidados com a higiene.

Quem apresenta sintomas da COVID-19 precisa ficar 14 dias em isolamento total, sem ter contato com outras pessoas. 

DÚVIDAS COMUNS SOBRE O CORONAVÍRUS:

1. QUEM ESTÁ FAZENDO ALGUM TRATAMENTO PRECISA PARAR POR CAUSA DO CORONAVÍRUS ?

Os tratamentos para controle das doenças crônicas deverão sem mantidos. Quem tem asma ou DPOC, por exemplo, se parar o tratamentos corre o risco de ver seus sintomas respiratórios piorarem ou de apresentar um quadro mais grave de COVID-19, caso se infecte.

De qualquer forma, é importante conversar com o médico responsável para entender o quadro e esclarecer todas as dúvidas referentes ao uso de medicamento contínuo.

2. É IMPORTANTE FAZER A VACINA CONTRA GRIPE?

Sim, é importante que todas as pessoas que fazem parte do grupo de risco se vacinem contra a gripe, portanto converse com seu médico. Apesar das duas doenças não terem relação e a vacina não proteger contra a COVID-19, a gripe pelo influenza pode mascarar o coronavírus, já que apresentam sintomas similares.

3. QUEM É ASSINTOMÁTICO PODE TRANSMITIR A DOENÇA?

Sim! Mesmo quem não apresenta sintoma algum, pode transmitir a doença. Por isso que é tão importante manter o isolamento social e realizar a higiene adequada sempre.

4. A MÁSCARA CIRÚRGICA PODE SER REUTILIZADA?

A máscara cirúrgica, deve ser utilizada uma única vez. Ou seja: usou, descartou. Também é importante lembrar que não se deve ficar tocando na máscara enquanto estiver usando-a, pelo risco de contaminar sua mão.

5. MÁSCARAS CASEIRAS DEVEM SER UTILIZADAS?

As pessoas assintomáticas e que não sejam dos grupos de risco deveriam usar máscara caseira para proteger o próximo de eventual infecção, já que alguns são portadores do vírus e não há como saber. Entretanto, não se deve usá-las por muito tempo ou se estiverem úmidas, pois os saudáveis que não são portadores do vírus podem ter o risco aumentado de contaminação quando isso acontece.

6. QUANTO TEMPO O VÍRUS FICA NO AMBIENTE?


Em uma superfície, ele pode sobreviver por horas e até dias. Veja alguns exemplos:

  • Madeira: 5 até 7 dias;

  • Vidro: 2 ou 3 dias;

  • Alumínio ou ferro: 8 a 10 horas;

  • No ar: 3 a 6 horas.

CUIDE DA SUA SAÚDE E DO PRÓXIMO:

É essencial que realizemos todas as ações preventivas para conter a disseminação do vírus. Ao longo da pandemia, é esperado o surgimento de diversas informações conflitantes e que podem prejudicar ainda mais o tratamento da doença. Isso acontece porque ainda estamos aprendendo sobre a COVID-19 e novos fatos são descobertos diariamente, fazendo com que precisemos mudar as orientações.


Logo, siga apenas as recomendações do seu médico, das instituições e órgãos de saúde oficiais. Apenas eles estão aptos a indicarem o que é mais apropriado para garantir a saúde de todos baseando-se em dados científicos atualizados. Portanto em caso de qualquer dúvida não exite em entrar em contato.


Cuide-se! Com consciência coletiva, vai passar!

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