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  • Dr. César Castellan

ESTOU COM TOSSE PERSISTENTE. O QUE DEVO FAZER?

Atualizado: 21 de set. de 2020

Sigas essas dicas no caso de tosse persistente. Confira:



ESTOU COM TOSSE PERSISTENTE. O QUE DEVO FAZER?



O QUE É A TOSSE ?

Tosse não é uma doença, é um sintoma presente em uma grande variedade de doenças do aparelho respiratório e também fora dele. Tossir é um mecanismo reflexo de defesa do corpo cujo objetivo é expulsar qualquer elemento que esteja causando irritação ou tentando penetrar no interior das vias respiratórias. Os receptores de tosse estão distribuídos em diversos pontos das vias aéreas inferiores, na cavidade nasal, seios da face, faringe, laringe, ouvido externo, estômago, pericárdio, diafraga e esôfago. Portanto quando a tosse dura dias ou semanas, ela deve ser minuciosamente investigada para identificar a causa e então tratá-la, porém nem sempre a origem é facilmente detectada.

A tosse pode ser classificada em:

  • TOSSE AGUDA (até 3 semanas de duração)

Aqui se incluem a maioria dos resfriados e gripes que causam irritação nas mucosas das vias aéreas. A tendência é haver melhora espontânea após este período.

Algumas tosses de causa alérgica após haver exposição a algum elemento do ar ou do ambiente também podem ser caracterizadas como agudas quando melhoram em até 3 semanas após cessar a exposição.

  • TOSSE SUB-AGUDA (de 3 a 8 semanas de duração)


  • TOSSE CRÔNICA ( acima de 8 semanas de duração)


Principais causas de tosse sub-aguda e crônica e as doenças relacionadas:


  • Rinite alérgica

  • Asma

  • Hiperreatividade Brônquica

  • Sinusites

  • Doenças do Refluxo Gastroesofágico

  • Bronquiectasias

  • DPOC (Bronquire crônica e Enfisema )

  • Tumores no pulmão ou no mediastino

  • Tuberculose

  • Fibrose Cística

  • Fibrose Pulmonar Idiopática

  • Doenças Pulmonares Intersticiais

  • Coqueluche

  • Efeito colateral de medicamentos (principalmente alguns cardiológicos)

  • Cardiopatias

  • Tabagismo e outras modalidades de substâncias inaláveis

  • Outras infecções respiratórias (bacterianas e fúngicas)


COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA TOSSE?

Existe uma série de exames complementares específicos que podem ser realizados para ajudar a esclarecer a causa da tosse. Os principais são:

  • Raio-X e Tomografia Computadorizada de Torax e Seios da Face

  • Espirometria (Provas de Função Pulmonar)

  • Testes de Broncoprovocação

  • Dosagem de anticorpos alérgicos no sangue (IgE total e IgE RAST)

  • Endoscopia Digestiva Alta e PH-metria esofágica com Manometria

  • Fibrobroncoscopia

  • Exames cardiológicos

OBSERVAÇÃO:
Mais de 30% dos pacientes podem apresentar associação de mais de uma doença e a causa ser multifatorial.

EXISTE TRATAMENTO IMEDIATO E PREVENTIVO PARA A TOSSE? QUAIS SÃO?

Não existe tratamento específico para a tosse como sintoma isolado e sim para a doença que está causando o problema. Por isso é importante realizar a consulta médica pneumológica e a investigação das possíveis causas. Afastar-se dos fatores conhecidos que causam alergia ou que são gatilhos para tosse é o melhor e mais eficaz método de prevenção.

É importante ressaltar que muitas pessoas utilizam medidas caseiras para o alívio da tosse, tais como xaropes cuja base é o mel ou preparações com leite, mas caso a tosse seja causada pelo refluxo gastresofágico essas medidas podem agravar o problema.

Xaropes vendidos sem receita médica possuem uma série de combinações de substâncias que podem provocar o alívio, no entanto, podem levar a efeitos colaterais sobre o sistema cardiovascular ou nervoso.

O tratamento correto será indicado após consulta pneumológica quando serão investigadas as causas e definido o diagnóstico.

TOSSIR MUITO PODE CAUSAR DANOS ÀS VIAS AÉREAS OU ÀS CORDAS VOCAIS?


Sim, a tosse persistente pode acarretar complicações em longo prazo às cordas vocais e a pessoa sente rouquidão e até mesmo afonia (perda da voz), além de cansaço muscular do diafragma e dos músculos do tórax. Em casos extremos, pode ocorrer até fraturas de costelas ou perfuração da traquéia, dos brônquios e dos pulmões, levando a complicações sérias e de risco de vida chamadas de pneumomediastino e pneumotórax.


DICA DO ESPECIALISTA:

Tosse que não melhora em até 2 semanas deverá sempre ser avaliada por um pneumologista. Nunca negligencie ou se acostume com um sintoma anormal e persistente. Quanto antes você fizer o diagnóstico e o tratamento do que lhe incomada, evitará agravamentos e complicações maiores. Sua saúde agradece.


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